quarta-feira, 31 de julho de 2013

O IMPORTANTE ERA PROTEGER OS PÉS DO FRIO INDEPENDENTE DO FEIO

Hoje eu vi uma cena da qual me lembrou de muita coisa, me fez pensar muito na vida, nas coisas, nas pessoas, me fez pensar na minha vó que já se foi. (Izabel meu amor)
Imagine essa imagem só que meias pretas
Estava saindo da fisioterapia e me deparei com uma cena dessas de filme (sabe?), uma senhorinha (bem velhinha), havia ligado para o radio taxi, nem andava direito, estava com muita dificuldade (tanto que o taxista foi busca lá dentro da clinica). Ela entrou no taxi com a maior dificuldade e enquanto puxava o sinto de segurança pude ler seus lábios e consegui  entender algumas palavras: “antes eu vou passar no banco para resolver algumas coisas, depois você me leva pra casa, tudo bem?”.  (Ofegante e os lábios trêmulos)
Vou descrevê-la para você imaginar melhor, ela estava de roupinha simples, amarelinha claro, com cabelos bem arrumados, de batom um pouco vermelho, uma sandália preta (simples), de longe dava pra ver que a sandália estava grande (tipo um dedo), as calças curtas mostravam os detalhes das meias (pretas), a dificuldade em andar (passos baixos parecia que ela iria tropeçar a qualquer momento), o jeitinho simples, as marcas da vida em sua face. Tudo mexeu comigo.
Fiquei ali, admirando e pensando, não somos nada. Podemos ser bem sucedido, ter uma família, ter dinheiro, ser pobre, ser o que for não seremos nada. O que somos? Quem será algum dia, serei bom, compensa ser bom?
 E nossa família? Seus, meus filhos?  Seus pais, meus pais?  
Imaginei o porquê de aquela senhora sozinha (cadê os filhos nessas horas?), logo pensei na força de vontade que mesmo velha e com toda aquela dificuldade, ainda tinha forças e o quanto viva estava.
Batalhando mesmo sozinha, obtendo vitórias e alcançando maior qualidade de vida.
O que é a EM perto disso? (NADA)
Foi bom eu presenciar esta cena! Ainda hoje de manhã fui ao banco com minha irmã, logo nos primeiros quarteirões dei mal jeito na perna, além de torto, ofegante fiquei manco. (Logo pensei que merda, eu com vinte e dois anos assim, mancando e cansado).
O que presenciei na frente da clínica serviu para calar muito bem meus pensamentos.
Só sei que quero ser alguém que faça a diferença (mesmo sozinho algum dia).

Viver com pessoas das quais não são como eu é meu maior desafio.

Boa noite e reflitam um pouco o que é ruim mesmo, poderia ser bem pior não é? Se torne luz, ilumine seu dia, as pessoas, atraia coisas boas e tenha pensamentos felizes.